Objetivo: mostrar ao aluno que ele não precisa contar apenas com a memorização para conhecer as classes de palavras. Ele pode compreendê-las através dos critérios lógicos que orientam essa classificação, que envolve relações sintagmáticas e relações paradigmáticas.
Justificativa: o ensino tradicional de Português tem falhado em sua missão. A gramática começa a ser “ensinada” desde a primeira infância e o usuário da Língua chega aos bancos universitários sem entender a gramática. Chega lá sem ter alcançado o status de leitor crítico e produtor de textos. Todo o tempo necessário ao aprimoramento da leitura e da produção textual terá sido gasto com o ensino da gramática.
Conhecer as classes gramaticais e saber reconhecê-las não implica num melhor domínio da Língua. É uma competência lingüística muito especializada. Porém, se os professores um dia tivemos de trabalhar com esse conteúdo, deveríamos tê-lo feito racionalmente, de modo a desenvolver no aluno o senso crítico, a atitude de observação e dedução, a percepção de relações.
Estratégia: selecionar frases em que um mesmo significante assume vários significados e aponte novos referentes, envolvendo, em conseqüência, novas classes gramaticais. O aluno deverá não só classificar a palavra, mas também justificar sua escolha, racionalmente.
Por dedução lógica e pelo raciocínio, coisas muito interessantes poderemos observar nesses critérios:
a) funcionalidade: cada classe gramatical tem uma função específica na Língua, e pode ser identificada pela função que a palavra exerce no contexto lingüístico.
Ex: “Zero apanhou o osso e foi roê-lo sob a mesa”.
A palavra zero é um substantivo, pois sua função na língua é dar nome a um ser (nesse caso, nomeia um cão).
b) posição: certas classes de palavras ocupam uma posição privilegiada no sintagma, e essas classes são identificadas pela posição que ocupam.
Ex: “As jovens de lá são formosas”.
A palavra lá não tem valor adverbial, mas substantivo, pois está posicionada no final de uma locução adjetiva.
c) relação: certas palavras se relacionam, com um fim específico, com determinadas classes e não com outras. Essas relações identificam a palavra gramaticalmente.
Ex1: “A grande paixão de sua vida é o futebol”.
A palavra a é um artigo definido, pois se relaciona com o substantivo paixão, para determiná-lo e indicar seu gênero e número.
Ex2: “Só um sabe a resposta”.
A palavra um não é artigo indefinido, nem pronome indefinido, mas sim numeral. A sua relação com a palavra só indica a sua classe gramatical.
d) equivalência: certas palavras de classificação difícil podem equivaler a outras cuja classificação é indiscutível. Então pertencerão à mesma classe.
Ex1: “Certas frutas são as frutas certas para saúde”.
A palavra certas aparece inicialmente como pronome indefinido, pois equivale a algumas. Depois, a palavra certas aparece como adjetivo, pois equivale a apropriadas
Ex2: “Um dia irei à sua casa.”
A palavra um não é artigo nem numeral. É pronome indefinido, pois equivale a algum.
e) oposição: uma palavra pode ter uma relação de oposição com outra, pertencendo então à mesma classe gramatical. Pode diferir na subclassificação.
Ex: “Um livro foi encontrado no pátio.”
A palavra um é artigo indefinido, pois se opõe à palavra o (artigo definido): “O livro foi encontrado no pátio”.
Mostrar ao aluno a diferença entre as palavras em negrito nas frases abaixo. Todas são substantivos, mas as razões por que são assim classificadas não são exatamente as mesmas.
a) “Nadar é bom para saúde”. b) “Nadar é da primeira conjugação”.
c) “Nadar é dissílabo e oxítono.” d) “Nadar significa movimentar os membros superiores e inferiores, de modo a percorrer certa distância, dentro da água”. e) “Ele começa a nadar.”
O aluno deverá ser levado a entender e explicar as diferenças.
Justificativa: o ensino tradicional de Português tem falhado em sua missão. A gramática começa a ser “ensinada” desde a primeira infância e o usuário da Língua chega aos bancos universitários sem entender a gramática. Chega lá sem ter alcançado o status de leitor crítico e produtor de textos. Todo o tempo necessário ao aprimoramento da leitura e da produção textual terá sido gasto com o ensino da gramática.
Conhecer as classes gramaticais e saber reconhecê-las não implica num melhor domínio da Língua. É uma competência lingüística muito especializada. Porém, se os professores um dia tivemos de trabalhar com esse conteúdo, deveríamos tê-lo feito racionalmente, de modo a desenvolver no aluno o senso crítico, a atitude de observação e dedução, a percepção de relações.
Estratégia: selecionar frases em que um mesmo significante assume vários significados e aponte novos referentes, envolvendo, em conseqüência, novas classes gramaticais. O aluno deverá não só classificar a palavra, mas também justificar sua escolha, racionalmente.
Por dedução lógica e pelo raciocínio, coisas muito interessantes poderemos observar nesses critérios:
a) funcionalidade: cada classe gramatical tem uma função específica na Língua, e pode ser identificada pela função que a palavra exerce no contexto lingüístico.
Ex: “Zero apanhou o osso e foi roê-lo sob a mesa”.
A palavra zero é um substantivo, pois sua função na língua é dar nome a um ser (nesse caso, nomeia um cão).
b) posição: certas classes de palavras ocupam uma posição privilegiada no sintagma, e essas classes são identificadas pela posição que ocupam.
Ex: “As jovens de lá são formosas”.
A palavra lá não tem valor adverbial, mas substantivo, pois está posicionada no final de uma locução adjetiva.
c) relação: certas palavras se relacionam, com um fim específico, com determinadas classes e não com outras. Essas relações identificam a palavra gramaticalmente.
Ex1: “A grande paixão de sua vida é o futebol”.
A palavra a é um artigo definido, pois se relaciona com o substantivo paixão, para determiná-lo e indicar seu gênero e número.
Ex2: “Só um sabe a resposta”.
A palavra um não é artigo indefinido, nem pronome indefinido, mas sim numeral. A sua relação com a palavra só indica a sua classe gramatical.
d) equivalência: certas palavras de classificação difícil podem equivaler a outras cuja classificação é indiscutível. Então pertencerão à mesma classe.
Ex1: “Certas frutas são as frutas certas para saúde”.
A palavra certas aparece inicialmente como pronome indefinido, pois equivale a algumas. Depois, a palavra certas aparece como adjetivo, pois equivale a apropriadas
Ex2: “Um dia irei à sua casa.”
A palavra um não é artigo nem numeral. É pronome indefinido, pois equivale a algum.
e) oposição: uma palavra pode ter uma relação de oposição com outra, pertencendo então à mesma classe gramatical. Pode diferir na subclassificação.
Ex: “Um livro foi encontrado no pátio.”
A palavra um é artigo indefinido, pois se opõe à palavra o (artigo definido): “O livro foi encontrado no pátio”.
Mostrar ao aluno a diferença entre as palavras em negrito nas frases abaixo. Todas são substantivos, mas as razões por que são assim classificadas não são exatamente as mesmas.
a) “Nadar é bom para saúde”. b) “Nadar é da primeira conjugação”.
c) “Nadar é dissílabo e oxítono.” d) “Nadar significa movimentar os membros superiores e inferiores, de modo a percorrer certa distância, dentro da água”. e) “Ele começa a nadar.”
O aluno deverá ser levado a entender e explicar as diferenças.
As explicações acima são infalíveis para que os alunos percebam que o contexto é fundamental para compreender as classes gramaticais.Não basta classificá-las isoladamente,pois contextualizadas elas exercem funções diferenciadas.
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