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É só tentar!!!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

VARIAÇÕES LINGUISTICAS


VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS - EXERCÍCIOS
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pio
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado

E vão construindo telhados. (Oswald de Andrade. Obras Completas)  

1-A que tipo de variação linguística o autor faz referência no poema? Por quê? 
2. O autor está criticando as pessoas a quem ele se refere ou revela respeito em relação a elas?
Justifique. 


3-O texto mostra uma situação em que a linguagem usada éinadequada ao contexto. Considerando as diferenças entre língua oral e língua escrita, assinale a opção que representa também uma inadequação da linguagem usada ao contexto:
a) “o carro bateu e capotô, mas num deu pra vê direito” - um pedestre que assistiu ao acidente comenta com o outro que vai passando  
b) “E aí, ô meu! Como vai essa força?” - um jovem que fala para um amigo.  
c) “Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma observação” - alguém comenta em uma reunião de trabalho.
d) “Venho manifestar meu interesse em candidatar-me ao cargo de Secretária Executiva desta conceituada empresa” - alguém que escreve uma carta candidatando-se a um emprego.
e) “Porque se a gente não resolve as coisas como têm que ser, a gente corre o risco de termos, num futuro próximo, muito pouca comida nos lares brasileiros” - um professor universitário em um congresso internacional.



4- Reescreva o texto”Vívio na fala” na modalidade padrão da língua.

5-LEIA O O TEXTO DA MÚSICA ABAIXO E REESCREVA-O NA LINGUAGEM PADRÃO DA LÍNGUA:
CUITELINHO  (RENATO TEIXEIRA)
Cheguei na beira do porto onde as ondas se 'espaia'
As 'garça' da meia-volta e senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta, que o botão de rosa caia ai, ai...

Ai quando eu vim da minha terra despedir da 'parentaia'
Eu entrei no Mato Grosso bem em terras Paraguaias
la tinha revolução, enfrentei forte 'bataia',ai.ai...

A tua saudade corta como aço de 'navaia'
o coração fica 'afrito', uma bate a outra 'faia'
Os 'zoio' se enchem d'água que até a vista se 'atrapaia',ai,ai...

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

Objetivo: mostrar ao aluno que ele não precisa contar apenas com a memorização para conhecer as classes de palavras. Ele pode compreendê-las através dos critérios lógicos que orientam essa classificação, que envolve relações sintagmáticas e relações paradigmáticas.

Justificativa: o ensino tradicional de Português tem falhado em sua missão. A gramática começa a ser “ensinada” desde a primeira infância e o usuário da Língua chega aos bancos universitários sem entender a gramática. Chega lá sem ter alcançado o status de  leitor crítico e  produtor de textos. Todo o tempo necessário ao aprimoramento da leitura e da produção textual terá sido gasto com o ensino da gramática.

Conhecer as classes gramaticais e saber reconhecê-las não implica num melhor domínio da Língua. É uma competência lingüística muito especializada. Porém, se os professores um dia tivemos de  trabalhar com esse conteúdo, deveríamos tê-lo feito   racionalmente, de modo a desenvolver no aluno o senso crítico, a atitude de observação e dedução, a percepção de relações. 

Estratégia: selecionar frases em que um mesmo significante assume vários significados e aponte novos referentes, envolvendo, em conseqüência, novas classes gramaticais. O aluno deverá não só classificar a palavra, mas também justificar sua escolha, racionalmente.

Por dedução lógica e  pelo raciocínio, coisas muito interessantes poderemos observar nesses critérios:

a) funcionalidade: cada classe gramatical tem uma função específica na Língua, e pode ser identificada pela função que a palavra exerce no contexto lingüístico.
Ex: “Zero apanhou o osso e foi roê-lo sob a mesa”.

A palavra zero é um substantivo, pois sua função na língua é dar nome a um ser (nesse caso, nomeia um cão).

b) posição: certas classes de palavras ocupam uma posição privilegiada no sintagma, e essas classes são identificadas pela posição que ocupam.
Ex: “As jovens de lá são formosas”.

A palavra lá não tem valor adverbial, mas substantivo, pois está posicionada no final de uma locução adjetiva.

c) relação: certas palavras se relacionam, com um fim específico, com determinadas classes e não com outras. Essas relações identificam a palavra gramaticalmente.
Ex1: “A grande paixão de sua vida é o futebol”.

A palavra a é um artigo definido, pois se relaciona com o substantivo paixão, para determiná-lo e indicar seu gênero e número.

Ex2: “Só um sabe a resposta”.

A palavra um não é artigo indefinido, nem pronome indefinido, mas sim numeral. A sua relação com a palavra só indica a sua classe gramatical.

d) equivalência: certas palavras de classificação difícil podem equivaler a outras cuja classificação é indiscutível. Então pertencerão à mesma classe.
Ex1: “Certas frutas são as frutas certas para saúde”. 

A palavra certas aparece inicialmente como pronome indefinido, pois equivale a algumas. Depois, a palavra certas aparece como adjetivo, pois equivale a apropriadas

Ex2: “Um dia irei à sua casa.”

A palavra um não é artigo nem numeral. É pronome indefinido, pois equivale a algum.

e) oposição: uma palavra pode ter uma relação de oposição com outra, pertencendo então à mesma classe gramatical. Pode diferir na subclassificação.
Ex: “Um livro foi encontrado no pátio.”

A palavra um é artigo indefinido, pois se opõe à palavra o (artigo definido): “O livro foi encontrado no pátio”.

Mostrar ao aluno a diferença entre as palavras em negrito nas frases abaixo. Todas são substantivos, mas as razões por que são assim classificadas não são exatamente as mesmas. 

a) “Nadar é bom para saúde”.  b)  “Nadar é da primeira conjugação”.
c) “Nadar é dissílabo e oxítono.”  d) “Nadar significa movimentar os membros superiores e inferiores, de modo a percorrer certa distância, dentro da água”.   e) “Ele começa  a nadar.” 

O aluno deverá ser levado a entender e explicar as diferenças.