inteligência

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É só tentar!!!

sábado, 30 de abril de 2011

domingo, 17 de abril de 2011

MACUNAÍMA - MÁRIO DE ANDRADE

Macunaíma - resumo e análise da obra de Mário de Andrade

Com uma narrativa de caráter mítico, em que os acontecimentos não seguem as convenções realistas, a obra procura fazer um retrato do povo brasileiro, por meio do “herói sem caráter”
O livro faz parte da primeira fase modernista – a fase heróica. A influência das vanguardas européias é visível em várias técnicas inovadoras de linguagem que a obra apresenta. Por isso, Macunaíma pode oferecer algumas dificuldades ao leitor desavisado.

Há inúmeras referências ao folclore brasileiro. A narrativa se aproxima da oralidade – no capítulo “Cartas pras Icamiabas”, Macunaíma ironiza o povo de São Paulo, que fala em uma língua e escreve em outra. Além disso, não existe verossimilhança realista.

Alguns aspectos históricos motivaram Mário de Andrade a criar tais “empecilhos”. A referência ao folclore brasileiro e à linguagem oral é manifestação típica da primeira fase modernista, quando os escritores estavam preocupados em descobrir a identidade do país e do brasileiro. No plano formal, essa busca se dá pela linguagem falada no Brasil, ignorando, ou melhor, desafiando o português lusitano. No plano temático, a utilização do folclore servia como matéria-prima dessa busca.

Macunaíma é, portanto, uma tentativa de construção do retrato do povo brasileiro. Essa tentativa não era nova. O autor romântico José de Alencar, por exemplo, tivera a mesma intenção ao criar, no romance O Guarani, o personagem Peri, índio de aspirações nobres, que se assemelhava, em relação a sua conduta ética, a um cavaleiro medieval lusitano. Não é exagero dizer, se compararmos Peri a Macunaíma, que esse é o oposto daquele. Enquanto o primeiro é valente, extremamente perseverante e encontra suas motivações nos valores da ética e da moral, Macunaíma, além de indolente, conduz a maioria de seus atos movido pelo prazer terreno, mundano. É “o herói sem nenhum caráter”.

NARRADOR A crítica literária contemporânea faz questão de considerar a diferença entre o autor e o narrador: esse é tido como uma criação daquele. No caso de Macunaíma, no entanto, essa distinção pode ser questionada, quando o narrador aparece no último capítulo. No “Epílogo”, o narrador revela que a história que acabara de narrar havia sido contada por um papagaio, que, por sua vez, a tinha ouvido de Macunaíma: “Tudo ele – o papagaio – contou pro homem e depois abriu asa rumo a Lisboa. E o homem sou eu, minha gente, e eu fiquei pra vos contar a história”. Essa interferência do narrador, da forma como foi feita, aproxima-o do autor, no caso Mário de Andrade.

ENREDO
A obra Macunaíma pode ser classificada como uma rapsódia, considerando- se dois significados dessa palavra contidos no Dicionário Aurélio: “3. Entre os gregos, fragmentos de poemas épicos cantados pelos rapsodos. 4. Mús. Fantasia instrumental que utiliza temas e processos de composição improvisada tirados de cantos tradicionais ou populares”.

Há, ainda, uma aproximação ao gênero épico: à medida que o livro narra, em trechos fragmentados, a vida de um personagem que simboliza uma nação. Sobre a acepção musical dada pelo dicionário, chama atenção o improviso da narrativa, que impressiona e surpreende a cada momento, tendo como pano de fundo a cultura popular.

O enredo dessa rapsódia, como foi dito, pode tornar-se confuso ao leitor acostumado ao pacto de verossimilhança realista. Por exemplo, é necessário aceitar o fato de o protagonista morrer duas vezes no romance; ou, então, que Macunaíma, em uma fuga, possa estar em Manaus e, algumas linhas depois, aparecer na Argentina; ou ainda o fato de o herói encontrar uma poça que embranquece quem nela se banha.

A verossimilhança em questão é surrealista e deve ser lida de forma simbólica. A cena em que Macunaíma e seus dois irmãos se banham na água que embranquece pode ser entendida como o símbolo das três etnias que formaram o Brasil: o branco, vindo da Europa; o negro, trazido como escravo da África; e o índio nativo. Nessa cena, Macunaíma é o primeiro a se banhar e torna-se loiro.
Jiguê é o segundo, e como a água já estava “suja” do negrume do herói, fica com a cor de bronze (índio); por último, Manaape, que simboliza o negro, só embranquece a palma das mãos e a sola dos pés.

Capítulo I  - “Macunaíma
Macunaíma nasce no Uraricoera e já manifesta uma de suas características mais fortes: a preguiça; sua principal atividade é a sexual, e com a mulher do irmão Jiguê. É também nesse capítulo que o protagonista se transforma em um príncipe lindo.

Capítulo II - “Maioridade”
Por suas traquinagens, Macunaíma é abandonado pela mãe. No meio do mato, encontra o Curupira, que arma uma cilada para o herói, da qual acaba escapando por pura preguiça. Depois de contar à cotia como enganou o monstro, ela joga calda de aipim envenenada em Macunaíma, fazendo seu corpo crescer, com exceção da cabeça, que ele consegue desviar do caldo.

Capítulo III - “Ci, Mãe do Mato”
Com a ajuda dos irmãos, Macunaíma consegue fazer sexo com Ci, que engravida e perde o filho. Após a morte do filho, Ci deixa também este mundo e dá a Macunaíma a famosa muiraquitã, um tipo de talismã ou amuleto.

Capítulo IV - “Boiúna Luna”
Triste, Macunaíma segue seu caminho após se despedir das Icamiabas (tribo das índias sem marido). Encontra o monstro Capei e luta contra ele. Nessa batalha, perde o muiraquitã e fica sabendo que uma tartaruga apanhada por um mariscador havia encontrado o talismã, e esse o tinha vendido a Venceslau Pietro Pietra, rico fazendeiro, residente em São Paulo.

Capítulo V - “Piaimã”
O herói, acompanhado dos irmãos, vai para São Paulo, com o objetivo de recuperar a pedra. Na cidade, descobre que Venceslau Pietro Pietra é o gigante Piaimã, devorador de gente que era amigo da Ceiuci, também apreciadora de carne humana.

Capítulo VI - “A francesa e o gigante”
Macunaíma disfarça-se de francesa para seduzir o gigante Piaimã e recuperar a muiraquitã. O gigante propõe dar a pedra ao herói disfarçado se esse aceitasse dormir com ele. Macunaíma, então, dispara numa correria por todo o Brasil.

Capítulo VII - “Macumba”
Macunaíma vai para um terreiro de macumba no Rio de Janeiro e pede à macumbeira que dê uma sova cruel no gigante.

Capítulo VIII - “Vei, a Sol” Ainda no Rio, o herói encontra Vei, a deusa-sol. O herói promete a Vei que iria casar-se com uma de suas filhas. Na mesma noite, no entanto, Macunaíma “brinca” (ou seja, faz sexo) com uma portuguesa, enfurecendo a deusa. Ela manda um monstro pavoroso atrás do herói, que foge deixando a portuguesa com o monstro.

Capítulo IX - “Carta pras Icamiabas” No retorno a São Paulo, Macunaíma escreve a famosa “Carta pras Icamiabas”, na qual descreve, em estilo afetadíssimo, a agitação e as mazelas da vida paulistana.

Capítulo X - “Pauí-pódole”
Com o gigante adoentado, Macunaíma fica impossibilitado de recuperar a pedra, portanto gasta seu tempo aprendendo a difícil língua da terra.

Capítulo XI - “A velha Ceiuci”
Depois de arrumar uma saborosa confusão na cidade, o herói vai visitar o gigante, que ainda se recuperava. Resolve fazer uma pescaria no Tietê, onde também costumava pescar Ceiuci. Além de brincar com a filha da caapora, Macunaíma foge de Ceiuci em um cavalo que percorre de forma surrealista a América Latina: em algumas linhas, faz o incrível trajeto Manaus-Argentina.

Capítulo XII - “Tequetequem, Chupinzão e a injustiça dos homens”
Disfarçando-se de pianista, Macunaíma tenta obter uma bolsa de estudo para seguir no encalço de Venceslau Pietro Pietra, que fora para a Europa. Não conseguindo ludibriar o governo, decide viajar pelo Brasil com os irmãos. Numa das andanças, com fome, o herói encontra um macaco comendo coquinhos. O macaco diz cinicamente que estava comendo os próprios testículos. Macunaíma, ingenuamente, pega então um paralelepípedo e bate com toda a força nos seus, ditos, coquinhos. O herói morre e é ressuscitado pelo irmão Manaape, que lhe restitui os testículos com dois cocos-da-baía.

Capítulo XIII - “A piolhenta de Jiguê”
Jiguê se enamora de uma moça piolhenta, que brinca toda hora com Macunaíma. Quando descobre a traição, Jiguê dá uma sova no herói e uma porretada na amante, que vai para o céu com seus piolhos, transformada em estrela que pula.

Capítulo XIV - “Muiraquitã”
Macunaíma mata o gigante Piaimã, jogando-o num buraco com água fervendo, onde Ceiuci preparava uma imensa macarronada. Depois de matar Venceslau Pietro Pietra, o herói consegue recuperar a muiraquitã.

Capítulo XV - “A pacuera de Oibê” Macunaíma e os irmãos resolvem voltar para o Uraricoera, levando consigo alguns pertences e uma dose de saudade de São Paulo. Na volta, o herói tem vários casos amorosos. Perseguidos pelo Minhocão Oibê, Macunaíma o transforma num cachorro-do-mato e segue viagem.

Capítulo XVI - “Uraricoera” Chegando ao Uraricoera, o herói se entristece ao ver a maloca da tribo destruída. Uma sombra leprosa devora os irmãos, e Macunaíma fica só. Todas as aves o abandonam, apenas um papagaio, a quem conta toda a sua história, permanece com ele.

Capítulo XVII - “Ursa Maior”
Vei, a Sol, vinga a desfeita que Macunaíma havia feito a uma de suas filhas e cria uma armadilha para o herói, que, ao ver a uiara em uma lagoa, se deixa seduzir e acaba sendo mutilado pelo monstro. Macunaíma consegue recuperar suas partes mutiladas, abrindo a barriga do bicho, mas não encontra sua perna nem a muiraquitã. O herói vai para o céu, transformado na constelação da Ursa Maior.

Epílogo
O narrador, aqui, conta que ficou conhecendo a história narrada com o papagaio ao qual Macunaíma havia relatado suas aventuras.

TEMPO E ESPAÇO
Por tratar-se de uma narrativa mítica, o tempo e o espaço da obra não estão precisamente definidos, tendo como base a realidade. Pode-se dizer apenas que o espaço é prioritariamente o espaço geográfico brasileiro, com algumas referências ao exterior, enquanto o tempo cronológico da narrativa se mostra indefinido.

CONCLUSÃO
Macunaíma é uma obra que busca sintetizar o caráter brasileiro, segundo as convicções da primeira fase modernista. Uma leitura possível é a de que o povo brasileiro não tem um caráter definido e o Brasil é um país grande como o corpo de Macunaíma, mas imaturo, característica que é simbolizada pela cabeça pequena do herói. 

Romantismo no Brasil


                      Como eu te amo

 Como se ama o silêncio, a luz, o aroma,
O orvalho numa flor, nos céus a estrela,
No largo mar a sombra de uma vela,
Que lá na extrema do horizonte assoma;

 Como se ama o clarão da branca lua,
Da noite na mudez os sons da flauta,
As canções saudosíssimas do nauta,
Quando em mole vaivém a nau flutua,

 Como se ama das aves o gemido,
Da noite as sombras e do dia as cores,
Um céu com luzes, um jardim com flores,
Um canto quase em lágrimas sumido;

  Como se ama o crepúsculo da aurora,
A mansa viração que o bosque ondeia,
O sussurro da fonte que serpeia,
Uma imagem risonha e sedutora;

Como se ama o calor e a luz querida,
A harmonia, o frescor, os sons, os céus,
Silêncio, e cores, e perfume, e vida,
Os pais e a pátria e a virtude e a Deus:

 Assim eu te amo, assim; mais do que podem
Dizer-to os lábios meus, — mais do que vale
Cantar a voz do trovador cansada:
O que é belo, o que é justo, santo e grande
Amo em ti. — Por tudo quanto sofro,
Por quanto já sofri, por quanto ainda
Me resta de sofrer, por tudo eu te amo.
                                 COMO EU TE AMO Gonçalves Dias
1-       O eu-lírico utiliza comparações para expressar o seu sentimento amoroso. Que elementos , bem ao gosto do estilo romântico, predominam nessas comparações?
2-       A religiosidade- outra característica da primeira fase do Romantismo- está presente no poema. Destaque o verso que exemplifica essa afirmação.
3-       Em que estrofe o nacionalismo romântico está presente por meio de uma comparação?
4-       O saudosismo- outra característica romântica- está claramente presente no texto?

                                       PRODUÇÃO DE TEXTO:
Amo em ti. – Por tudo quanto sofro,
Por quanto já sofri, por quanto ainda
Me resta sofrer, por tudo eu te amo.
É comum aos românticos de ontem e de hoje associarem amor e sofrimento.Na sua opinião, esses sentimentos devem estar necessariamente associados? As pessoas de espírito romântico sofrem habitualmente por amor? Sofrer por amor é uma questão de personalidade dos indivíduos, sejam eles românticos ou não?

domingo, 10 de abril de 2011

FUNÇÃO SINTÁTICAS

Exercícios - Funções Sintáticas

Lista 1

1. Trata-se de objeto indireto:
Seu apego ao País era exagerado.
Tomaram-lhe o carro no assalto.
Viram-no devolver o livro.
A quem o livro foi remetido?
Um habitual leitor de jornais tem mais segurança nos investimentos.
2. Trata-se de complemento nominal:
A compra do acervo artístico visa à criação de um museu.
A restrição às importações deste ano foi duramente criticada.
O financiamento daquele projeto advém dos impostos.
A doação de alimentos do exterior foi necessária.
Os sem-terra foram expulsos pela força policial.
3. O termo em destaque está corretamente classificado no item:
Quem lhe respondeu assim? - complemento nominal.
Desejosos dos velhos livros, fomos encontrá-los num sebo. - objeto indireto.
Fácil de resolver, o problema não foi discutido pelos grupos. - agente da passiva.
Longe de casa, Camões compôs Os Lusíadas. - complemento nominal.
Muitos foram os avisos de Maria do Socorro, mas ninguém a ouviu. - objeto indireto pleonástico.
4. O termo em destaque está corretamente classificado no item:
Simpática ao grupo, ela tornou-se seu guia. - objeto indireto.
Muitos o reconheceram na fotografia, apesar da máscara. - objeto indireto.
A gregos e troianos, poucos agradariam. - objeto direto preposicionado.
A ti, não te perdoariam se faltasses. - objeto indireto pleonástico.
Encontrávamos de tudo na velha bodega. - objeto indireto.
5. O termo está corretamente classificado no item:
A quantos telefonemas atendemos ontem? - agente da passiva.
Os policiais encontraram a ambos logo que chegaram da viagem. - objeto direto preposicionado.
As peças de que o mecânico tem necessidade são estas. - objeto indireto.
A quais jogos viste no último campeonato? - objeto indireto.
A quais jogos assistiremos no próximo domingo? - objeto direto preposicionado.
6. Em que caso a preposição que antecede o termo integrante não é motivada pela regência?
Insensíveis às reivindicações populares, alguns políticos terão dificuldades nas próximas eleições.
De quem estavas queixando-te?
A quem não perdoaria aquela santa?
O jogador tentou enganar ao próprio parceiro.
Pague ao rapaz que entregou a encomenda, por favor.
7. Está correta a classificação do termo em destaque:
No início da sessão, o juiz cumprimentou a todos. - objeto indireto.
O juiz expulsou do campo a ambos, o técnico e o jogador. - agente da passiva.
A ti não te encontraram sábado passado. - objeto indireto pleonástico.
O acidente a que assistimos parecia um filme. - objeto indireto.
O livro de que precisavas estava na estante. - complemento nominal.

quarta-feira, 16 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

OS SAPOS..

Os Sapos
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.

Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinquüenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.

Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."

Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- A grande arte é como
Lavor de joalheiro.

Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo".

Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas,
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".

Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Veste a sombra imensa;

Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é

Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio...

OS SAPOS -COMENTÁRIOS

3º verso: os sapos: No 1º Tempo Modernista, o uso do poema-piada visando desmoralizar o academismo, a retórica melosa e o preciosismo vocabular é uma das tendências predominantes.
9º verso: tanoeiro: Referência sutil a Olavo Bilac, um dos medalhões da poesia brasileira que cultua a forma, a palavra esnobe, a métrica rigorosa e a rima rica ou rara.

20º verso: apoio: consoante de apoio: é o nome que se dá à consoante que forma sílaba com ultima vogal tônica de um verso. Exemplos no próprio texto: joio, apoio.

24º verso: forma: O empenho dos parnasianos em esculpir o verso era tal, que acabaram determinando um receituário de artesanato poético, onde a forma (ó aberta) se transforma em forma (ô fechado)

35º verso: joalheiro: Alusão direta à "Profissão de Fé", onde Bilac compara a função do poeta à de um ourives-joalheiro.
Penúltimo verso: cururu: O sapo autêntico, verdadeiro, sem empostação acadêmica, destituído de verborréia.